O que você precisa saber sobre “inversão de fluxo” na energia solar

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O que é “Inversão de Fluxo” na energia solar

No sistema elétrico tradicional, a energia flui das grandes usinas de geração, passa pelas redes de transmissão e distribuição e chega até as unidades consumidoras (casas, comércios, indústrias). 

O fluxo de energia é, na maioria das vezes, unidirecional – da distribuidora para o consumidor.

A inversão de fluxo de potência é um fenômeno que ocorre quando essa direção tradicional do fluxo de energia se inverte em um determinado ponto da rede de distribuição. Isso acontece principalmente em locais onde há sistemas de microgeração ou minigeração distribuída (GD), como a energia solar fotovoltaica instalada em telhados.

Basicamente, a inversão de fluxo ocorre quando a quantidade de energia elétrica gerada localmente por um sistema de GD, em um determinado momento, excede o consumo instantâneo da própria unidade consumidora ou de um conjunto de unidades próximas na mesma rede. 

Quando há esse excesso de geração, a energia não utilizada no local é injetada de volta na rede elétrica da distribuidora, causando a inversão do sentido do fluxo de potência naquele ponto de conexão. 

Pense na rede como uma via de mão única (da distribuidora para você). Com a inversão de fluxo, a energia gerada pelo seu sistema solar começa a “andar na contramão”, voltando para a rede da distribuidora em vez de seguir o caminho tradicional da distribuidora até o consumidor.

É importante entender que a inversão de fluxo é um fenômeno natural em sistemas elétricos com geração distribuída. A ocorrência da inversão de fluxo em si não é inerentemente um problema.

Ela se torna uma questão que requer atenção e, por vezes, medidas de adequação, apenas quando compromete a capacidade técnica ou os limites operacionais de algum equipamento ou trecho da rede de distribuição. Ou seja, o problema não é o fluxo reverso existir, mas sim se esse fluxo reverso causa, por exemplo, elevação de tensão acima dos limites permitidos, sobrecarga em transformadores que não foram projetados para essa condição, ou interfere nos sistemas de proteção da rede.

Em resumo, “inversão de fluxo” é simplesmente o termo usado para descrever o momento em que a energia gerada por um sistema distribuído flui de volta para a rede da distribuidora porque a geração superou o consumo local. Sua gestão é necessária quando impacta os limites técnicos da infraestrutura da rede.

Regras e regulamentações

As regras e regulamentações relacionadas à inversão de fluxo de potência foram estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), de acordo com o entendimento da Lei 14.300/2022 e acrescentadas na REN 1.000/2021 em seu artigo 73.

O artigo 73 define quais são as alternativas viáveis de conexão que a distribuidora deve apresentar ao consumidor, quando detectada a inversão de fluxo de potência. Assim como os detalhes que devem constar no orçamento de conexão, juntamente com a análise e as demonstrações da ocorrência da inversão de fluxo.

Confira esse artigo completo em nosso blog: Por dentro do conceito: a inversão de fluxo de potência devido a geração de energia solar

Casos em que os estudos sobre inversão de fluxo são dispensados, atendendo ao Art. 73-A da REN. 1.000/2021

Visando incentivar a geração distribuída e desburocratizar o acesso à energia solar, a ANEEL estabeleceu critérios para a dispensa de estudos de inversão de fluxo de potência, conforme o Artigo 73-A da Resolução Normativa nº 1.000/2021. Essa medida traz benefícios significativos para o consumidor, como a redução de custos e prazos para a conexão de seus sistemas. Seguem os casos:

I – microgeração e minigeração distribuída que não injete na rede de distribuição de energia elétrica;

II – microgeração distribuída que se enquadre nos critérios de gratuidade dispostos no § 3º do art. 104, no § 2º do art. 105 e no parágrafo único do art. 106 e cuja potência de geração distribuída seja compatível com o consumo da unidade consumidora durante o período de geração, observado o §1º e as instruções da ANEEL;

III – microgeração distribuída que se enquadre na modalidade autoconsumo local, definido no inciso I-B do art. 2º, com potência instalada de geração igual ou inferior a 7,5 kW, observadas as disposições deste artigo. (Fast Track)

Como o Luvik pode ajudar o integrador a oferecer projetos com mais segurança

Fonte: Tela de dimensionamento. Luvik, 2025.

O Luvik apresenta em seu dimensionamento, cálculos para sistemas em Fast Track e com redução de potência, de acordo com os critérios de gratuidade, todos de acordo com as novas regras.

Os cálculos já incluem a geração estimada de cada projeto e a porcentagem do consumo, suprida pelos mesmos.

Para cálculo do “Fast Track”, o Luvik já disponibiliza também o termo obrigatório (já preenchido automaticamente), a ser assinado pelo cliente final. Em casos de autoconsumo remoto, onde o “Fast Track” não é permitido, o Luvik, já avisa o usuário conforme imagem abaixo:

Fonte: Tela de dimensionamento. Luvik, 2025.

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